segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Plano de Proteção Contra Mercados em Baixa

Por Nathan Parmelee
Traduzido e adaptado


Seria possível para investidores de longo prazo, com algumas décadas de investimento pela frente protegerem-se de mercados de baixa? Por definição, um mercado de baixa acontece quando uma das médias, normalmente o Standard & Poor's 500 ou o Dow Jones Industrial Average, tenham caído pelo menos 20% do seu ponto mais alto. Considerando-se a dor da perda de 20%, é uma questão que vale a pena ser discutida. Mas, não é porquê valha a pena ser discutida que devemos tomar qualquer atitude em relação a isso. Investidores com um longo horizonte de investimento, que investem basicamente em fundos indexados, e são capazes de continuar fazendo depósitos regulares, devem permanecer no mesmo caminho. Como este gráfico mostra, no longo prazo o mercado recompensa aqueles que tem paciência, particularmente aqueles investidores mais constantes, isso sem falar nos dividendo, que tornam a história melhor ainda.

Embora eu acredite no investimento de longo-prazo, sei que isso nem sempre é possível ou tão fácil de fazer. Talvez você como eu tenha dinheiro investido num plano de aposentadoria privado ou numa corretora, mas também esteja poupando para compra da casa própria e não seja capaz de efetuar depósitosregulares em sua conta de investimento por um longo tempo.

Como é exatamente isto anda acontecendo na minha poupança familiar, gasto muito tempo pensando nisso, quando não estou distraído com o campeonato de 2005 ou pensando aonde a Starbucks (Nasdaq: SBUX)irá construir sua nova loja. Falando sério, às vezes penso como (em um mercado forte como o nosso) eu poderia me proteger melhor dos efeitos devastadores do próximo mercado de baixa, porquê é muito difícil pensar no longo-prazo quando você assiste a uma queda de 20% na sua carteira, como a que ocorre hoje com os principais índices.

Quem comprou isso?

"Saiba que você tem" - parece fácil. Afinal de contas nós, como investidores individuais, adoramos possuir cada um dos papéis da nossa carteira. Só que isso não é tão fácil assim. É claro que conhecemos pelo nome e talvez até um bocado da situação financeira e do desempenho passado de nossos papéis. Só que isso apenas não ésuficiente. Como já fomos pegos com as calças na mão no passado, creio que vale a pena mantermos um resumo de aproximadamente uma folha de papel dedicado a cada empresa de nossa carteira.

Para cada companhia, tenho detalhado quando e porquê comprei, como a companhia vem se saindo em termos de vendas e lucros, e que riscos e ameaças a afetariam a companhia. Isso está no topo da lista de qualquer acompanhamento de carteira. No início do ano, acrescentei mais uma regra que ainda preciso implementar: fazer isso no momento que compro um papel – não alguns momentos depois. Isso me obriga a saber realmente o que quero comprar e a ler os demonstrativos da companhias antes de efetuar a compra.

Eu tento atualizar cada companhia pelo menos duas vezes por ano. Quando não consigo fazer isso tenho a clara percepção que tenho mais ações na carteira do que deveria, o que é um risco. Mas, o que interessa por trás desse método, é que conhecendo o que tenho com riqueza de detalhes, estou menos propenso a ficar apavorado e acabar vendendo na pior hora possível.

Apenas os fortes sobrevivem

Entrar em dívidas é por muitas vezes necessário e, em alguns casos, a forma preferida para financiar a expansão de um negócio. Mesmo assim, para a proteção contra um mercado de baixa eu quero companhias com balanços patrimoniais fortes, porquê mesmo as grandes companhias podem sofrer quedas no seu fluxo de caixa em um ciclo econômico de baixa. Algum endividamento ainda vá lá, se o fluxo de caixa é farto e historicamente estável, mas um endividamento exagerado, endividamento que "sugue" a maioria do fluxo de caixa disponível é um grande sinalvermelho na ficha da empresa e um típico desastre durante um mercado de baixa que eu estou, justamente, querendo evitar.

Embora nunca tenha trabalhado com contabilidade, tenho um lugar especial no meu coração para companhias com balanços fortes. Isso porquê eu tive o prazer, por quatro anos, de aprende que Ativos = Passivos + Patrimônio Líquido – entre outros assuntos valiosos, que entranharam na minha mente durante o científico. Todas as companhias que invisto tem pouca ou quase nenhuma dívida, exceto por duas "turnarounds" que estão diminuindo seu débito: a seleção Motley Fool Hidden Gems e a funerária Alderwoods (Nasdaq: AWGI) e a 7-Eleven(NYSE: SE). Para aqueles que ficaram curiosos de como a contabilidade pode ser criativa eu recomendo a leitura das notas de rodapé sobre endividamento do relatório anual da 7-Eleven'.

Quanto ela vale para mim?

“Valuation” pode ser um assunto que assuste. E como sou um grande fã da análise do fluxo de caixa descontado, sei que leva algum tempo para que alguém se sinta confortável com a “valuation” e que, de algumaforma, é uma experiência de aprendizado lenta. Dito isso, não deixe que a “valuation” intimide você ou tire seu ânimo, porquê vale realmente a pena tentar pagar um preço razoável por um papel.

Se a análise do fluxo de caixa não é realmente a sua praia, considere a análise do nível histórico do P/L, ou a comparação de lucros – ou fluxo de caixa livre, taxa de crescimento e o retorno sobre o,Patrimônio Líquido em relação ao P/L – Se a taxa de crescimento do lucro e o RPL forem maiores que o P/L e, você consegue enxergar evidências que o crescimento irá continuar, um mercado de baixa não irá causar muitos estragos na sua carteira.

De volta ao trabalho

Existem muitas formas de alocação de ativos por aí a fora, mas o que realmente importa como proteção contra um mercado de baixa é ter na carteira papéis que paguem a você para mantê-los na carteira. Esses papéis sonolentos de empresas pagadoras de dividendos regulares não são apenas um fluxo de caixa para você, eles tendem a bater o mercado no longo-prazo. Para minha proteção pessoal contra um mercado de baixa, gosto de ter, pelo menos, 40% de meus papéis em empresas pagadoras de dividendos, porquê os investidores em mercados de baixa são atraídos por seus altos yelds.

Como todas coisas boas da vida, é possível que você exagere na mão. Isso acontece quando o foco do seu investimento venha a se convergir exclusivamente para o pagamento de dividendos, o que é uma armadilhaperigosa. Ao invés disto, tente focar-se em investimentos que valham a pena por si só e onde os dividendos apenas fazem parte da receita do bolo. Algumas oportunidades de investimentos na qual ando de olho são a Limited (NYSE: LTD) e a Kenneth Cole Productions (NYSE: KCP).

Palavras finais

Como tudo na vida, ser bem sucedido em um mercado de baixa não tem muito a ver com que atitude você tem durante a crise, mas compreender que riscos você está assumindo. Haverão por certo algumas surpresas desagradáveis, e claro, alguma dor, mas, da mesma forma que fazem os investidores com décadas de experiência de bolsa na nossa frente, devemos olhar para os mercados de baixa não como perigo, mas como oportunidade, porquê a história tem demonstrado que depois de todo o mercado de alta vem um mercado de baixa que se segue de outro mercado de alta.

Precificação de Opções Utilizando Redes Neurais

Metodologia
Para construir o modelo de precificação de opções
baseado em redes neurais e compará-lo ao de Black e
Scholes, foram utilizados dados referentes às opções de
compra européias sobre a ação Telebrás PN (preferencial
nominativa), negociada na Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa) entre 1º de janeiro de 1995 e 20 de dezembro
de 1999.
Ressalta-se que, a partir de 21 de setembro de 1998,
as informações estão relacionadas às opções sobre o recibo
representativo de carteira de ações Telebrás, instrumento
criado pela Bovespa após a privatização dessa
empresa. As opções sobre ação Telebrás PN foram negociadas
até 19 de junho de 2000. No entanto, embora os
dados relativos a esse semestre estivessem disponíveis,
decidiu-se não utilizá-los por pertencerem a um período
bastante atípico. Posteriormente, essa decisão foi justificada
pela constatação de erros de precificação significativos,
quando se aplicou o modelo de Black e Scholes às
opções desse período.

Os dados foram organizados de acordo com as principais
variáveis que influenciam o preço das opções sobre
ações: o preço corrente da ação, o preço de exercício da
opção, o tempo para o vencimento da opção, a volatilidade
do preço da ação e a taxa de juro livre de risco. Dessas
variáveis somente a volatilidade não pôde ser diretamente
observada, precisando ser estimada. Para isso, utilizouse
como estimativa a volatilidade histórica, que foi calculada
como sendo o desvio-padrão dos retornos diários
continuamente capitalizados da ação Telebrás PN, apurados
durante os 40 dias de negociação anteriores ao dia de
cálculo da volatilidade histórica.
Destaca-se que, antes de 1998, a Bovespa ajustava as
séries de opções em decorrência de algum provento somente
no momento de exercício. Posteriormente, estas
eram ajustadas, no caso de dividendo e subscrição, no
momento em que o papel-objeto da opção passasse a ser
negociado ex-direito. Portanto, para as séries de opções
negociadas antes desse ano, realizou-se o ajuste decorrente
de dividendo e subscrição conforme as fórmulas
empregadas pela Bovespa.
Como taxa livre de risco, fez-se uso da Taxa Média de
Depósitos Interfinanceiros de Um Dia, apurada pela Central
de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos
(Cetip). Essa taxa foi anualizada (252 dias) e transformada
para o regime de capitalização contínua.
Para a apuração do tempo até o vencimento da opção,
foram considerados somente os dias de negociação,
ignorando-se os dias em que a bolsa esteve fechada. Além
disso, assumiu-se um ano de 252 dias. Todos os dados
foram obtidos diretamente da Bovespa e do Economática.

O Mito do Empreendedor

Resumo de trecho extraído e traduzido do livro "The E-myth Revisited: Why Most Small Businesses Don’t Work and What to Do About It”. " de Michael Gerber

Há uma revolução ocorrendo hoje nos negócios pequenos, a mudança no modo como fazemos negócios e a mudança de quem inicia negócios pequenos, como eles fazem e o que fazem para sobreviver.
O "coração" dessa revolução, dessa mudança é um processo dinâmico que chamamos de "Processo de desenvolvimento de negócios" que é sistematizado e aplicado propositalmente pelos proprietários de pequenos negócios.
Esse processo de desenvolvimento de negócios pode ser implantado pelo proprietário do negócio em um método passo-a-passo que incorpora o processo dessa mudança na operação do negócio, tornando-se um meio previsível de produzir resultados e vitalidade em qualquer negócio pequeno.
O típico empreendedor tenta administrar tudo sozinho e lutar contra os elementos naturais do negócio. Poucos são realmente empreendedores. Falta visão.
A falsa crença é de que negócios pequenos são iniciados por empreendedores verdadeiros que acabam por perder recursos, perder oportunidades e desperdiçar vidas. Esse é o mito do empreendedor.
Esses míticos empreendedores apenas fazem o trabalho técnico.
O trabalho técnico para o negócio funcionar não tem nada a ver com o negócio em si que faz esse trabalho técnico.
O negócio se transforma em apenas um lugar para trabalhar. Essa presunção cedo ou tarde se torna fatal para o negócio.
Todos temos uma personalidade de empreendedor, de gerente e de técnico dentro de nós.


O Empreendedor, o Gerente e o Técnico

Quando cada uma dessas personalidades é apenas uma pessoa só há conflito. É uma batalha que nenhum deles pode vencer.
O Empreendedor:
A personalidade do empreendedor torna uma condição trivial em uma oportunidade excepcional. É o visionário em cada um, o sonhador, a energia por trás de cada atividade humana.
O empreendedor vive no futuro, nunca no passado, raramente no presente.
Nos negócios, o empreendedor é o inovador, o grande estrategista, o criador de novos métodos para penetrar ou criar novos mercados.
É a nossa personalidade criadora, que cria probabilidades nas possibilidades, transformando o caos em harmonia.
Toda personalidade assim tem uma necessidade extraordinária por controle. Precisa de controle sobre as pessoas e avanço no presente para que possa se concentrar nos seus sonhos.
O Gerente:

A personalidade gerencial é pragmática. Sem o gerente, não haveria planejamento, nem ordem, nem previsão.
Se o empreendedor vive no futuro, o gerente vive no passado.
Onde o empreendedor busca controle, o gerente busca ordem. Onde o empreendedor vê a oportunidade, o gerente vê o problema.
O gerente constrói uma casa e vive nela para sempre. O empreendedor constrói uma casa e no momento que termina, ele começa a planejar a próxima.
O técnico:
O técnico é o que faz. Quando está trabalhando ele está feliz. Faz apenas uma coisa de cada vez.
Para o técnico, pensar não é produtivo, a não ser que seja sobre o trabalho a ser feito.
O técnico não está interessado em idéias, mas sim como fazer na prática.
Toda idéia deve ser reduzida a metodologia.
Sem o técnico nada seria feito, mas teria muita gente pensando em fazer.
Todos temos uma personalidade de empreendedor, de gerente e de técnico dentro de nós.
O típico "empreendedor" é apenas 10% empreendedor, 20% gerente e 70% técnico.
O típico negócio pequeno tem um ciclo de vida que vai da infância, passa pela adolescência e vai até a maturidade, podendo morrer em qualquer uma dessas fases.

Infância - O Trabalho Técnico

Nessa fase o negócio opera de acordo com o que o proprietário quer, em vez de o que o negócio precisa.
O que o técnico quer é um lugar para trabalhar, isso determina o fracasso do negócio.
Nessa fase se faz o trabalho que se sabe e o que não se sabe fazer também.
Durante a infância o "empreendedor" é um malabarista mantendo todas as bolas no ar.
É fácil perceber o negócio nessa fase. O proprietário e o negócio são a mesma coisa. Sem o dono, o negócio desaparece.
O cliente e o proprietário são amigos, e continuam assim até que o dono já não consegue controlar o bom atendimento e qualidade.
O malabarista já não consegue controlar todas as bolas. O tempo de trabalho aumenta e o dono já percebe que precisa de ajuda para gerenciar o negócio.
Enquanto o negócio vai ficando para trás por falta de trabalho estratégico, o dono está fazendo o trabalho técnico.
Em breve compartilharei mais alguns trechos do livro.