segunda-feira, 30 de março de 2009

Perspectiva Empreendedora

“O modelo empreendedor tem menos a ver com o que é feito no negócio, mas muito a ver com como é feito”.

“O produto não é importante, como ele é entregue sim”.

“O empreendedor se pergunta: Como meu negócio parece para o consumidor?”

“O empreendedor entende que sem uma imagem clara do consumidor, nenhum negócio pode ter sucesso”.

“O empreendedor sabe que o consumidor é uma oportunidade, pois sabe que dentro dele há um interminável desfile de vontades implorando para serem satisfeitas”.
“O empreendedor sabe quais são essas necessidades e quais serão no futuro”.

Como podemos ensinar ao técnico como funciona o modelo empreendedor? A resposta é: Não podemos. O que podemos fazer é mostrar esse modelo para o empreendedor dentro de nós e despertá-lo e expandi-lo além dos limites da zona de conforto do nosso técnico interior, para que ele possa experimentar a visão de um negócio que funciona. O que devemos mostrar uma visão do modelo de negócio que funciona para nosso empreendedor interno e estimular nosso lado inovativo, para se libertar dos limites do técnico interior de uma vez por todas.

Ao mesmo tempo o gerente e o técnico precisam de seu próprio modelo, porque se o empreendedor dirige o negócio, o gerente deve ter certeza de que tem o combustível necessário para sustentá-lo, e que o motor e chassi estão em bom estado de conservação.
Se o técnico tem que estar satisfeito, por outro lado, deve haver um modelo que o fornece trabalho que satisfaz sua necessidade de interação direta.

O empreendedor vê o negócio como uma rede de componentes integrados, cada um contribuindo para um padrão maior de uma maneira que produz resultados especificamente planejados. Uma maneira sistematizada de fazer negócios. Cada passo no desenvolvimento de um negócio assim é mensurável se não quantitativamente, pelo menos qualitativamente. Existe um padrão para o negócio, uma forma, uma maneira de ser que pode ser traduzido em coisas para fazer se hoje que exemplificam isso melhor.

O negócio opera com regras e princípios articulados e tem uma forma clara e reconhecível. Com a perspectiva do técnico, entretanto, a escala é imperceptível, mais inibida, confinada principalmente ao trabalho sendo feito. Como resultado, o negócio do técnico se torna crescentemente opressivo, menos acelerado, fechado para um mundo maior lá fora. Seu negócio se reduz a passos que falham em levá-lo a qualquer outro lugar senão ao próximo passo. Que nada mais é que uma réplica do passo anterior. Rotina se torna a palavra chave, o trabalho é feito simplesmente por que tem que ser feito. Esquecendo qualquer propósito maior, qualquer sentido do que precisa ser feito, além da necessidade de apenas fazê-lo. O técnico não vê conexões entre onde seu negócio está indo e onde está agora. O único modelo que ele segue é o modelo da experiência passada, o modelo do trabalho.

O modelo empreendedor é o modelo de negócio que preenche as necessidades de um segmento específico de consumidores de uma maneira inovativa. O modelo empreendedor olha para o negócio como se fosse um produto sentado na prateleira e competindo pela atenção dos consumidores contra toda uma prateleira de produtos competidores ou negócios.

Para o técnico o consumidor é sempre um problema porque o consumidor nunca parece querer o que o técnico tem para oferecer pelo preço que ele oferece. Para o empreendedor, entretanto, o consumidor é sempre uma oportunidade.